sábado, 2 de janeiro de 2010

Ponha-se ordem na casa!

No dia 12 de Novembro, o presidente da assembleia da Cooperativa Agrícola de Terras de Bouro convocou uma Assembleia Geral para os sócios decidirem em plenário a dissolvência desta cooperativa. Mas tal não se veio a consumar porque o presidente decidiu abandonar esta reunião, tendo-se adiado uma vez mais uma solução para a cooperativa.
No mesmo dia, não se deu um golpe palaciano, mas o presidente da direcção da cooperativa que por coincidência também é presidente da Associação de Produtores de Biológicos de Terras de Bouro, mandou trocar as fechaduras da cooperativa, pôs as funcionárias em casa, não deu qualquer explicação aos sócios e prometeu nova reunião para daqui a quinze dias, de preferência para um dia da semana que não coincida com o dia de feira. É caso para se dizer que na nossa terra quem "tem um olho é rei"!
Entretanto, a “odisseia” está para durar. Os sócios, infelizmente, vêem os seus bens a diminuir e o passivo a aumentar cada vez mais! E nesta confusão não há ninguém que consiga pôr ordem na casa!
Não deverá a Autarquia interferir e, quem sabe, viabilizar esta infra-estrutura crucial para os agricultores terrabourenses?
Como farão os nossos agricultores para se candidatarem às medidas agro-ambientais, junto do IFADAP? Onde apresentarão, entre outros, os manifestos do vinho e os subsídios do gasóleo?
Com o encerramento da Cooperativa Agrícola de Terras de Bouro, o nosso concelho sofrerá um duro golpe no desenvolvimento rural que será definitivamente adiado e não creio que a Associação de Produtores Biológicos de Terras de Bouro se constitua como uma alternativa para a definição e concretização da nova estratégia do desenvolvimento que a Autarquia nunca quis assumir para o bem-estar do povo de Terras de Bouro.
Por falta de ideias e de acção principalmente por parte de quem na nossa terra não tem sensibilidade para acarinhar e defender os interesses dos nossos agricultores, não tenho dúvida de que continuaremos a ser um município cada vez mais desertificado e pobre à espera que o nosso concelho se transforme numa enorme coutada.
Publicado no jornal o "Geresão" em 20 de Novembro de 2007.

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