sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dia de reconhecimento em Terras de Bouro

De manhã, na Vila do Gerês, foi lembrado Emídio Ribeiro, com intervenções que recordaram a vida e obra do terrabourense que dá, agora, título à obra lançada pela autarquia: ‘Recordando Emídio Ribeiro’. No período vespertino, foi lançado um outro título, da autoria do antigo presidente José Araújo: ‘Terras de Bouro – Cem anos de adversidades’.
"O dia do Município deve ser, antes de tudo, um dia de reconhecimento", justificou o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
Para Joaquim Cracel, "recordar o Emídio Ribeiro é assimilar o seu exemplo de vida, que enche de orgulho todos os terrabourenses". "Por isso mesmo, desde a primeira hora, propusemos a apresentação pública desta bela fotobiografia no Dia do Concelho de Terras de Bouro, de forma a aumentar o significado e a eficácia na nossa homenagem", sustentou o autarca, defendo que "ao assumir a publicação deste livro, o concelho de Terras de Bouro presta a mais singela e justa homenagem ao professor Emídio Ribeiro". "Oxalá saibamos nós interiorizar a grandeza humana e moral do nosso homenageado, de modo a sermos continuadores do seu legado", acrescentou.

"Exemplo da causa da cidadania"
Falando do livro de José Araújo, o edil descreveu-o como "uma obra essencialmente histórica e um contributo para a preservação do património" da vida autárquica de Terras de Bouro. Por isso, a autarquia se disponibilizou, "logo que a obra foi apresentada, para a sua publicação".
"A obra justifica o nosso apreço e a nossa atenção, o autor justifica a nossa admiração e o nosso aplauso. É, sem dúvida, mais um marco na história das comemorações do Dia do Município", afirmou Joaquim Cracel.
Por sua vez, o governador civil de Braga, Fernando Moniz, definiu José Araújo "como um exemplo da causa da cidadania pela sua vida que constitui uma referência para Terras de Bouro, o Minho e Portugal".
"Autarca próximo das pessoas, elegante e solidário no saber ultrapassar as fronteiras político-partidárias, José Araújo surge como modelo a seguir num tempo em que os políticos não podem ser uma penhora ou encargo para o país, mas um bem ao seu serviço", acrescentou Fernando Moniz, antes de deixar um recado mais crítico. "Há mais vida para além de Porto e Lisboa. Aqui há vida, cultura, saber e referências que são orgulho para todos nós", concluiu.

Presidente da Câmara de Terras de Bouro revela aposta para plano municipal
Mais dinheiro para acção social em 2011
O presidente da Câmara de Terras de Bouro quer reforçar em 2011 o apoio à componente de acção social. É uma aposta que Joaquim Cracel promete concretizar no próximo orçamento e pleno de actividades municipal.
Durante as comemorações do Dia do Município, Joaquim Cracel anunciou que vai "triplicar" o dinheiro previsto sobretudo na área da habitação, uma vez que "há muitas famílias com dificuldades económicas e com graves problemas habitacionais".
"Há casas em que chove dentro e em que não há o mínimo de condições", lamentou o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro.
As restrições orçamentais vão, no entanto, obrigar o município terrabourense a repensar muitos dos seus projectos. Com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), a partir de Julho a Câmara de Terras de Bouro recebeu menos 236 mil euros, que representa um corte na ordem dos 3,9%. Com as novas medidas de austeridade, Joaquim Cracel acredita que o corte vai situar-se nos 5%.
"Para uma Câmara com esta dimensão é muito dinheiro", defendeu. Um dos projectos que terá que ser remodelado ou mesmo adiado é o da biblioteca municipal. Segundo o autarca, o projecto está aprovado e tem um orçamento de 1,7 milhões de euros. "Só temos apoio de 900 mil euros, o que exige da Câmara Municipal um esforço de 800 mil euros que é quase incomportável", justificou, alertando para o facto de a autarquia não querer entrar em "grandes aventuras", sobretudo quando sabe que não terá verbas suficientes para assumir as responsabilidades com os seus fornecedores. "Num ano, reduzimos de cinco meses para dois meses e meio o tempo de espera dos fornecedores. Consideramos que quem trabalha tem direito a receber", concluiu.
Fonte: Terras do Homem, em 28-10-2010

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