terça-feira, 16 de novembro de 2010

Meio aéreo só no Parque Nacional é irracional

Os secretários de Estado do Ambiente e da Protecção Civil, Humberto Rosa e Vasco Franco, respectivamente, argumentam que não faz sentido ter um meio aéreo adstrito ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) para o combate aos incêndios florestais.
Os dois secretários de Estado falavam ontem, em Braga, entre reuniões que serviram para fazer o balanço do período crítico de incêndios.
Humberto Rosa e Vasco Franco comentaram a recomendação da Assembleia da República no sentido do PNPG ter um helicóptero próprio para a primeira intervenção.
O secretário de Estado do Ambiente, que tem acompanhado o pós-incêndios no único parque nacional do país, considerou que “ter um meio aéreo no PNPG seria magnífico se não fosse um tanto irracional do ponto de vista económico”.
“Não podemos ter um meio aéreo em cada área protegida, ainda que sejam muito importantes” afirmou Humberto Rosa que realçou que “o nosso problema não é de falta de meios”, até porque “quando temos circunstâncias meteorológicas de um certo tipo, nem que tivéssemos 20 vezes mais meios teríamos suficientes para o efeito”, apontou.
Por outro lado, numa fase em que se investe na coordenação de meios, ter um meio adstrito a um único parque seria “dar um passo atrás” e “pouco racional”.
O responsável do Ambiente defende medidas como fogo controlado mais alargado e acções de silvicultura preventiva para “ter resultados com uma lógica económica adequada”.
O secretário de Estado da Protecção Civil lembrou que o PNPG teve muito mais que um meio aéreo e conta com uma rede de meios nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real e meios pesados baseados no território nacional e em Espanha.
“Temos que gerir meios onde eles são necessários” acrescentou Vasco Franco.
Os dois governantes estiveram ontem nos distritos de Braga e de Viana do Castelo onde se reuniram com os governadores civis, presidentes de câmara e elementos de ligação dos Centros Distritais de Operações de Socorro.
Destas reuniões, Vasco Franco leva recomendações e avaliações do que se passou no terreno. Melhorar a coordenação ao nível dos sapadores florestais é uma das medidas propostas.
Foi também relevada a necessidade de mais técnicos credenciados para fazer fogo controlado e a necessidade de alargar as redes de pontos de água.
Fonte: Correio do Minho, em 16-11-2010

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