quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Poste preso por fios na Caniçada

Um poste de iluminação está, há três semanas, a ameaçar cair para a principal via de acesso ao Gerês, na Caniçada, que, por estes dias, conhece um aumento significativo de tráfego. O presidente da junta teme que a queda do poste possa ter consequências graves.
O despiste de um automóvel, ocorrido às 4 horas da madrugada do passado dia 11, não teve consequências de maior para o condutor, mas danificou um de iluminação pública. Desde então, o referido suporte encontra-se suspenso, preso pelos fios que ligam a uma residência.
"Este é um caso de desleixo total da EDP, porque já comuniquei o facto umas seis vezes e ainda nada foi feito", reage o presidente da Junta, João Rocha. As preocupações do autarca radicam no muito movimento que aquela via tem, por ser o principal acesso ao Gerês. "Se cai sobre um carro é uma tragédia. Já alertei, também, a protecção civil de Vieira do Minho".

António Pereira, proprietário da habitação que "suporta" o poste lembra um cenário possível: "se a baixada da casa rebenta, como é?" A esta questão acrescenta o receio de quem possui um estabelecimento. "Sem luz pública fica tudo escuro. Tenho de acender as luzes de fora, porque as coisas andam como todos sabem e o escuro atrai os ladrões".
O facto de a Central Hidroeléctrica de Caniçada estar situada na freguesia em nada beneficia os seus habitantes, como sublinha o autarca que, de resto, alarga as queixas a outras áreas, tendo como alvo a mesma visada: EDP. A luz pública tem estado acesa até às 13 horas (apesar dos avisos constantes) e, para substituir uma série de lâmpadas da iluminação pública "demoraram sete meses". Isto já para não falar nas linhas de alta tensão que sobrevoam as residências da freguesia.
"E a EDP prepara-se para instalar mais uma linha de alta tensão. Quando são conhecidos pareceres que desaconselham esta opção das linhas aéreas, não se percebe a atitude da EDP, até porque isso vai impedir que se construam casas na aldeia". Aos esclarecimentos solicitados pelo JN, a EDP nada disse.
Fonte: Jornal de Notícias, em 30-12-2010

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