segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fapas alerta para uso de fogo e falta de meios para fiscalização

Sobre este texto das Fapas faço apenas duas perguntas:
Será correcto dizer-se que nós no nosso concelho em toda a área do parque não temos pastoreio tradicional?
Será que o fogo ateado no Parque Nacional terá alguma coisa a ver com o uso de fogo nas áreas de protecção parcial de tipo I?

Conhecedor há décadas dos problemas do Parque Nacional, o ambientalista Miguel Dantas da Gama vê derrotadas posições que defendeu publicamente e na Comissão de Acompanhamento, da qual fez parte. Como aspecto "mais negativo" evidencia a autorização, em todo o território, do pastoreio, que diz não ser já a "tradicional".
O dirigente do Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (Fapas) reconhece "o esforço -no bom sentido - de uma discriminação positiva dos residentes", mas lamenta cedências em relação ao pastoreio e visitação. Estas "exigem um acompanhamento e uma vigilância que o PNPG não conseguirá assegurar por falta de meios", diz.
A autorização do uso de fogo nas áreas de protecção parcial de tipo I "é outro grande erro", acrescenta. "Nada se aprendeu com os três últimos grandes incêndios - Serra da Peneda/Ramiscal, em 2006, Serra do Gerês/Albergaria, em 2009, e Serra Amarela/Cabril, no ano passado - que foram "muito graves atentados que atingiram as três áreas de protecção total".

Há mais de duas décadas que Miguel Dantas da Gama defende a proibição da circulação de veículos motorizados na estrada florestal da Bouça da Mó (sobre a geira romana), na Mata de Albergaria, que é reserva biogenética da Europa. Mas a "causa emblemática" continua "vencida".
Tendo em conta a proximidade do vale do Cabril, que é zona de protecção total, o dirigente do Fapas discorda que a albufeira do Alto Lindoso "não tenha merecido um estatuto de protecção mais exigente do que Touvedo e Caniçada".
Fonte: Jornal de Notícias, em 14-02-2011

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