quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais de 170 voluntários querem vigiar o Gerês

Mais de 170 pessoas já se voluntariaram para a vigilância e prevenção de incêndios no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), onde a Associação Mãos à Obra Portugal quer agora avançar com a reflorestação da área ardida.
'Temos mais de 170 voluntários inscritos e já temos alguns no terreno a fazer a vigilância dos principais trilhos do parque', disse à Lusa Carlos Evaristo, coordenador do projecto piloto desenvolvido pela associação Mãos à Obra (AMO) - Portugal no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).
A associação criada depois da enorme adesão de voluntários atraídos para o movimento Limpar Portugal resolveu, este ano, estender a sua intervenção à prevenção de incêndios, numa parceria com a direcção do PNPG e com a secção do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) do Comando Territorial de Braga da GNR.Uma família de Lisboa (pai e dois filhos) foram os primeiros voluntários a patrulhar os três trilhos indicados pela direcção do PNPG, onde “dentro em breve” a organização conta ter patrulhas 24 horas por dia, adiantou o mesmo responsável.
A pé ou de bicicleta, e munidos de um telemóvel, os voluntários têm por missão verificar se existe algum foco de incêndio ou 'se alguém está a ter algum comportamento perigoso ou lesivo para o parque' e avisar as autoridades.
As patrulhas, de três ou quatro elementos, efectuam turnos de seis horas e podem pernoitar no Parque de Campismo do Vidoeiro.
A associação que mantém as inscrições abertas até final de Setembro procura agora 'voluntários que possuam jipe e que possam auxiliar as patrulhas nocturnas', acrescentou Carlos Evaristo.A adesão de voluntários leva os responsáveis pela associação a equacionar a hipótese de, no próximo verão, 'alargar este projecto a outras áreas protegidas que o Instituto de Conservação da Natureza entenda que seja útil patrulhar'.
Mas até lá, adiantou Carlos Evaristo, a associação vai “avançar com a reflorestação no PNPG, através de um novo método de lançamento de sementes de bolota no solo, envolvidas em argila e que, quando as condições climatéricas forem as adequadas, irão germinar'.
Uma acção que, tal como a iniciativa nacional de limpeza florestal ‘Limpar Portugal’, ocorrida no ano passado, ou a prevenção de incêndios, será feita apenas com recurso a voluntários, já que a associação não pretende receber quaisquer subsídios ou apoios monetários.
Fonte: Lusa, em 7-07-2011

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