quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Funcionalismo público: eliminados os subsídios de férias e de Natal

Agora é mesmo a doer. Os pensionistas da CGA não ficam de fora. O horário de trabalho no setor privado é aumentado 30 minutos por dia. As horas extraordinárias sofrem cortes brutais.
Subsídios de férias e de Natal eliminados para funcionários públicos e trabalhadores das empresas públicas com salários e pensões acima dos 1000 euros. Os salários e pensões inferiores a 1000 euros sofrem a eliminação de um dos subsídios. O rendimento líquido nominal dos professores diminuirá em 2012, face a 2010, cerca de 20%. Os docentes do 9º escalão terão um corte de 25% nos salários. Os professores catedráticos terão um corte de 35%. Os pensionistas da Segurança Social mantêm os subsídios de férias e de Natal ou levam também corte? O primeiro-ministro não foi explícito mas tudo indica que a medida afeta quer os pensionistas da CGA quer da Segurança Social.Passos Coelho disse hoje na comunicação ao país que vai haver cortes significativos na Educação e na Saúde.
Vai o MEC revogar o artigo 79 do ECD? Se isso acontecer, os docentes mais velhos ficam sem as reduções na componente letiva. O desemprego docente vai disparar.
Os cortes não vão ficar por aqui. Tenho dito no ProfBlog que são de esperar cortes na ordem dos 40% nos salários e pensões até 2015. A nossa competitividade é baixa. Há dois trabalhadores no ativo para um aposentado. O envelhecimento fez disparar os gastos com a saúde e as pensões. O país que trabalha não aguenta. O ciclo vicioso mais despesa pública, mais impostos e mais pobreza tem de ser quebrado.
Todos os setores do Estado têm de fazer ajustamentos vigorosos: gastar menos e trabalhar mais. Os municípios não podem ficar de fora dos ajustamentos violentos: exige-se fusão de municípios e menos autarcas.
E agora?
Agora é aguentar. Quem tem dívidas e pode pagá-las, o melhor que tem a fazer é amortizar as dívidas. Quem puder reduzir gastos, deve fazê-lo. Temos de viver com menos, regressar à frugalidade. E aceitarmos a ideia de que estes cortes vieram para ficar. Não são conjunturais. São definitivos. Os subsídios de férias e de Natal fazem parte do passado.
O passo seguinte deve ser levar à justiça os governantes que conduziram o país à falência. O chefe está em Paris mas os colaboradores estão no Parlamento.
Fonte: ProfBlog em 13-10-2011

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