quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em Labruja, quatro garranos correm risco de vida

O cavalo garrano é uma raça protegida, mas apesar de o ser, quatro garranos correm risco de vida em Labruja – Ponte de Lima. Eis a notícia.
Quatro cavalos presos em escola primária podem vir a ser abatidos
A Junta de Freguesia de Labruja, Ponte de Lima, admite pedir às autoridades de veterinária o abate dos quatro cavalos garranos que desde sábado estão fechados no recreio da antiga escola da aldeia e cujos proprietários são desconhecidos.
«Água têm e a comida tem sido colocada por algumas pessoas, mas isto não é uma situação que possa continuar por muito mais tempo. A GNR diz-nos que não consegue identificar os cavalos e estamos nisto», apontou o presidente da Junta.
Segundo Manuel Amorim, estes quatro cavalos terão sido abandonados naquela freguesia de Ponte de Lima «há cerca de três semanas».
Depois de destruírem várias culturas, enquanto procuravam alimento, um grupo de populares acabou por levá-los, no sábado, para o recreio da escola primária, encerrada em 2006.
«Que vamos agora fazer? Soltá-los, para voltarem a provocar estragos?», questiona o autarca, admitindo por isso que uma das soluções em cima da mesa é o abate dos animais.
«Eventualmente será esse o cenário. Primeiro publicitar que andam estão ali e, se ninguém se apresentar para os levar, ao fim de alguns dias as autoridades promoverem o seu abate», defende.
A GNR já tomou conta desta ocorrência, mas em todo o distrito de Viana do Castelo aquela força recebeu este ano 15 queixas por danos provocados por garranos.
Queixas registadas até 31 de Agosto e referentes aos concelhos de Melgaço, Vila Nova de Cerveira, Arcos de Valdevez, Viana do Castelo e Ponte de Lima, segundo números do comando distrital.
Neste último concelho, uma das queixas diz respeito a um acidente de viação, com danos na viatura provocados pelos cavalos. Ainda em Ponte de Lima, um outro acidente, em setembro, provocou danos noutra viatura.
A GNR admite que «no âmbito do inquérito», por vezes, «é possível identificar o proprietário do animal», cabendo depois aos tribunais imputar responsabilidades aos prejuízos causados.
«Contudo, embora os animais estejam identificados, ao pastarem todos juntos torna-se muito complicado identificar qual foi o que realmente provocou o dano, pois pode ter sido qualquer um», diz a mesma fonte.
A isto, acrescenta-se o facto de muitos dos garranos, normalmente criados em regime de semi-liberdade, não possuírem sequer qualquer identificação.
Em Portugal há cerca de 600 criadores de garranos registados, mas apenas 350 possuem animais, num registo nacional que ronda as 2.000 cabeças, sendo o distrito de Viana do Castelo um dos de maior expansão.
Fonte: Lusa

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