terça-feira, 27 de dezembro de 2011

É preciso mais gente a vigiar Gerês

A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, desafiou “cada português a plantar uma árvore” para “reflorestar Portugal”. A ideia foi lançada pela governante na sequência de uma visita ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Terras de Bouro, onde oficializou a fusão entre o Instituto para a Conservação da Natureza e a Autoridade da Florestal Nacional, agora o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
“Vamos trabalhar para que seja possível, na altura em que é mais conveniente, montar uma grande ação assente no voluntariado para plantar ou semear Portugal. Se por cada português conseguirmos ter mais uma árvore, o nosso PIB aumenta, a nossa riqueza aumenta, a nossa contribuição para a diminuição das alterações climáticas aumenta, porque a floresta é um grande pulmão de sequestro de carbono”, afirmou a ministra.
Assunção Cristas lembrou que, atualmente, Portugal importa, por ano, 200 milhões de euros de matéria-prima para a indústria da madeira, números elevados para um país que tem 63% do seu território coberto por floresta.
No Gerês, só este ano foram plantadas cerca de 20 mil novas árvores, quando o objetivo fixado inicialmente seria uma árvore por cada um dos 10 mil habitantes do Parque. A própria ministra, acompanhada do secretário de Estado, Daniel Campelo, e do diretor do Parque Nacional da Peneda-Gerês, Lagido Domingos, além dos presidentes de câmara de Terras de Bouro e Ponte da Barca, deu o exemplo e, no local, plantou duas árvores.
Segundo Lagido Domingos, diretor do PNPG, foram ainda recuperados 300 hectares de pastagens e criados 100 hectares de faixas de gestão de combustível. Lagido Domingos disse ainda que, além dos incêndios, a propagação das espécies invasoras é outra das principais ameaças ao PNPG.
Por outro lado, de acordo com Assunção Cristas, a fusão da Autoridade Nacional das Florestas com o Instituto de Conservação da Natureza não implicará qualquer despedimento, mas sim a racionalização de meios, de forma a libertar mais gente “para estar no terreno” em missão de fiscalização e de vigilância.
Fonte: Terras do Homem, em 27-12-2011

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