quarta-feira, 25 de abril de 2012

Protestos contra taxa de caminhadas em áreas protegidas

Caminheiros e montanhistas juntam-se esta quarta-feira na Peneda-Gerês e na serra de Aire e Candeeiros em protesto contra a cobrança de uma taxa de 152 euros para a organização de passeios em áreas protegidas dos parques naturais.
Os praticantes de montanhismo admitem a necessidade de pedir autorização para visitar áreas mais sensíveis dos parques, mas contestam o pagamento daquela taxa.
Rui Barbosa, um dos promotores da caminhada da Peneda-Gerês, disse esperar “muitas pessoas”, mas frisou que “vai depender um bocadinho das condições atmosféricas”.
Nas redes sociais, as manifestações de hoje foram tema de conversa, tendo sido criada uma página de Facebook para promover os protestos, para os quais foram convidadas 2.589 pessoas naquela rede. Rui Barbosa referiu que as pessoas têm feito as suas caminhadas sem pedir qualquer autorização, mas frisou que “se não houvesse taxa, as pessoas não tinham problema nenhum em pedir autorização porque é uma questão de segurança”.
Já o presidente da associação ambientalista Quercus, Nuno Sequeira, considerou que o “acesso à natureza não deve ser vedado à sociedade”, admitindo, no entanto, que o oposto pode prejudicar as áreas protegidas.
Como solução, o ambientalista defendeu que “deve haver um ajuste [do valor da taxa] em função da dimensão da entidade que pede a autorização”.
Por sua vez, o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território afirma que as medidas de restrição de acesso em áreas protegidas têm como objetivo a manutenção e preservação dos ecossistemas naturais.
Na terça-feira, também a presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade disse à Lusa que a taxa é um meio de proteger os locais de acesso restrito dos parques naturais e sublinhou que apenas é aplicada a zonas “consideradas de proteção total”.
Segundo Paula Sarmento, a “verificação das condições em que essas atividades de visitação são efetuadas implica a emissão de um parecer de um parecer e é esse parecer que é referido com o valor de 152 euros”.
Fonte: Diário as Beiras, em 25-04-2012

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