quinta-feira, 24 de maio de 2012

“Negócio sujo” da TDT é “ultraje”

A prestação do serviço televisivo digital voltou a justificar fortes críticas de alguns municípios do interior norte do país à ANACOM, Portugal Telecom, mas também à Associação Nacional de Municípios. Um dos municípios que se associou ao protesto, realizado em conferência de imprensa, foi o de Terras de Bouro que, pela voz do seu presidente, Joaquim Cracel, lamenta que os responsáveis pela migração do serviço analógico para o digital se tenham “esquecido de 10% da população portuguesa”.
Numa conferência conjunta, realizada na Casa dos Crivos, em Braga, os municípios de Terras de Bouro, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Montalegre criticaram o “negócio sujo”, que obriga alguns portugueses a pagarem perto de 160 euros para instalar a Televisão Digital Terrestre em sua casa, sendo que, alguns deles, recebem reformas de 189 euros.
A ANACOM e a PT são os principais visados nas críticas, que apontam para a “marginalização” de cerca de 15 mil portugueses, que neste momento “não têm televisão”. “Isto é um verdadeiro ultraje”, “grave do ponto de vista social”, uma vez que “há seres humanos isolados em situação dramática, em que a televisão era, muitas vezes, a única companhia”, lembram.
Fonte: Terras do Homem, em 24-05-2012

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