quinta-feira, 24 de maio de 2012

Saúde de Terras de Bouro em avaliação

A Unidade de Cuidados na Comunidade de Terras de Bouro reuniu, no pavilhão gimnodesportivo de Moimenta, responsáveis de várias entidades locais e distritais com o objetivo de discutirem e 'tratarem da saúde' do concelho. Escolas, IPSS's, autarquia e outros organismos foram chamados a dar o seu contributo para se fazer uma espécie de raio-x às condições existentes no concelho, nesta área, e aos serviços ou cuidados de saúde que aí são prestados.
De acordo com Teresa Silva, coordenadora da UCC de Terras de Bouro, “não é benéfico cada instituição trabalhar separadamente". As parcerias permitem "melhores resultados”. No encontro estiveram reunidas mais de 220 pessoas, das mais diversas áreas. E destacou-se o “empenho dos profissionais que contam com cada vez menos recursos”.
Ao nível das carências que afetam o concelho, Teresa silva aponta a falta de médicos. “É difícil fixá-los cá. Nesta zona do Vale do Homem temos três médicos que assistem a totalidade dos utentes deste território. No entanto, na zona de Rio Caldo existem mais de mil utentes sem médico de família”, afirmou, lembrando que a UCC trabalha essencialmente com os grupos mais idosos. “Por isso, nas nossas deslocações procuramos sempre incutir alguma formação ao prestador de cuidados de cada idoso”, acrescentou.
Daí que “o presente e o futuro dos cuidados de saúde primários e as responsabilidades partilhadas” tenham sido alguns dos temas mais discutidos.
Da parte da autarquia, a vereadora Liliana Machado, garantiu que “o município apoiou a iniciativa, desde a primeira hora” e defendeu que servia também para “desmistificar a ideia de que a saúde está esquecida em Terras de Bouro”.
“Prestamos, por exemplo, apoio ao alojamento dos médicos, para que se consigam fixar cá”, exemplificou a edil, lamentando a inexistência de médicos de origem terrabourense e que outros tenham a ideia de que Terras de Bouro fica longe de tudo. “É uma ideia errada”, garante.
A autarca fala ainda num “concelho envelhecido, mas com o devido acompanhamento dos idosos e refere a ausência de urgências nos Centros de Saúde como algo “penalizador” para comunidades mais distanciadas dos grandes centros urbanos. Assim, “os sistemas de transporte poderão ser uma importante alternativa”.
Fonte: Terras do Homem, em 24-05-2012

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