terça-feira, 5 de novembro de 2013

Coligação «Juntos Por Terras de Bouro» justifica abstenção na votação de protocolos com Juntas de Freguesia

Na última reunião de câmara de Terras de Bouro, os vereadores da Coligação «Juntos Por Terras de Bouro» abstiveram-se na votação de propostas de protocolo com as Juntas de Freguesia no âmbito da limpeza, manutenção e conservação de espaços públicos, escolas e jardins, mesmo considerando que eram compromissos já assumidos e previstos até 31 de Dezembro de 2013.
Os vereadores da oposição começam por justificar a sua abstenção dizendo que «os protolocos, conforme foi comunicado, abrangem entre 25 e 30 pessoas, em regime de recibos verdes, seleccionadas pela autarquia. Como o Município não pode ter funcionários nestas circunstâncias porque o regime de recibos verdes é para trabalhadores independentes e, como tal, não podem ter horário, nem hierarquias, contrata-os através das Juntas de Freguesia as quais são meros expedientes para efectuar os pagamentos».
Por isso, a Coligação preferia que, «e nos casos em que a Câmara não tivesse capacidade para executar os referidos trabalhos, adjudicá-los a empresas do Concelho que, nestas circunstâncias, teriam capacidade para admitir mais pessoal. Isto levaria à de criação de emprego, dinamização da economia local e fixação da população».
Também os valores envolvidos merecem alguns reparos dos vereadores. São 200 mil euros/ano que «com os cortes orçamentais se tornarão insustentáveis a curto prazo. Além disso, este expediente não cria emprego - resolve alguns problemas a curto prazo, é certo -, nem dá estabilidade, pois são contractos temporários em que os trabalhadores têm de suportar o pagamento quer das contribuições para a Segurança Social, quer do IVA, nos casos em que tal seja necessário», nem têm a perspectiva de virem a ser admitidos na Câmara porque as admissões e concursos «estão congelados», havendo mesmo «a necessidade de reduzir, no próximo ano, 2% o número de funcionários».
Fonte: O Amarense, em 5-11-2013

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