sábado, 16 de outubro de 2010

Peneda-Gerês terá novo plano de ordenamento ainda este ano

A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, garantiu, ontem, no Gerês, Terras de Bouro, que o Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês - que foi muito contestado pelas populações - estará publicado antes do fim de 2010.

"O período de consulta pública terminou. Houve muitas sugestões, críticas, negativas e positivas, e, agora, analisados esses contributos e a sua compatibilidade com a legislação comunitária, que é preciso respeitar, está-se a ultimar o documento", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Questionada sobre a data provável de publicação do documento - já que o plano lhe foi enviado em Março -, a ministra endereçou a resposta para o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa - que se encontrava a seu lado -, tendo este dito que será publicado "ainda este ano, sem dúvida".
A governante falava no final da visita que efectuou ao Parque Nacional da Peneda-Gerês para assistir aos trabalhos que estão a decorrer para recuperação da zona ardida no Verão.
Dulce Pássaro, acompanhada pelo director do Parque, Lagido Domingues, e pelo presidente da Câmara de Terras de Bouro, Joaquim Cracel, deslocou-se às zonas da Pedra Bela e das Levadas para conhecer a extensão da área ardida no Verão e o projecto de reflorestação do programa Carbono Zero, que abrange uma área de 40 hectares, em Fafião, e envolve a plantação de árvores folhosas e algumas resinosas. O programa Carbono Zero vem na sequência do Protocolo de Quioto, "que tem como objectivo fazer o sequestro do carbono", salientou Lagido Domingues.

Meios são suficientes
A ministra observou também os trabalhos de limpeza em curso no Parque Nacional. E, sobre estes, explicou que englobam todos os aquedutos, levadas e valetas, porque, nas áreas ardidas, há mais afluência de água, que traz carumas, cinzas, pedras pequenas, que podem entupir o escoamento. "Se não se fizer esta limpeza, na próxima chuvada a água pode transbordar e inundar zonas habitacionais ou agrícolas", frisou. Dulce Pássaro garantiu, também, que há meios humanos suficientes, assinalando que encontrou "pessoas envolvidas e motivadíssimas para fazer o trabalho".
Fonte: Público, em 16-10-2010

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