segunda-feira, 15 de julho de 2013

Hoje, no jornal “Correio do Minho”: Alto da Carvalheira acolheu comemoração memorável

Terras de Bouro viveu, ontem, o ponto alto das comemorações do 1º Centenário da inauguração do Monumento ao Bom Jesus do Monte das Mós, em Carvalheira, ocorrida a 13 de Julho de 1913.
No último dia das comemorações teve lugar uma missa solene no Bom Jesus das Mós, seguida de procissão e bênção ao Arciprestado de Terras de Bouro, presidida pelo bispo auxiliar de Braga, D. António Moiteiro.
Na homilia, D. António Moiteiro apelou ao amor ao próximo, um sentimento concretizado no monumento do Bom Jesus das Mós que simboliza o Sagrado Coração de Jesus.
À tarde, o alto da Carvalheira acolheu a procissão do Santíssimo Sacramento nas Mós, seguida de um momento musical interpretado pelas bandas musicais de Carvalheira e das Taipas que encerraram o vasto programa comemorativo do 1º Centenário da inauguração do Monumento ao Bom Jesus do Monte das Mós que incluiu conferências, uma exposição, celebrações religiosas e momentos musicais.
O programa comemorativo iniciou-se, no passado dia 8 de Julho, com uma eucaristia em memória do padre Martins Capela, fundador do monumento ao Sagrado Coração de Jesus na sua aldeia natal, de Carvalheira, concelho de Terras de Bouro, no local chamado de Monte das Mós.
“Ao abordarmos cem anos de história religiosa e cultural, da fé e da devoção ao Sagrado Coração de Jesus no Monte das Mós, é incontornável falar do padre Manuel Martins Capela que idealizou, promoveu, contribuiu e concretizou este monumento de forma apaixonada. A determinação, credibilidade e confiança que incutia nos outros foram a razão do seu sucesso, pois só assim conseguiu encontrar colaboradores dedicados e competentes” escreve o presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Joaquim Cracel Viana, na apresentação do livro comemorativo do ‘Senhor Jesus do Monte das Mós - Cem anos da fé e devoção’.
As comemorações do centenário centraram-se na vida e obra de Martins Capela com a realização de conferências, uma peça de teatro, e um tríduo de oração, orientado pelo padre Dário Pedroso.
No sábado, o arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, presidiu a uma eucaristia comemorativa, no preciso dia em que se ass inalaram 100 anos sobre a bênção apostólica do Papa S. Pio X.
Após a celebração, que decorreu nas Mós, foi apresentada a medalha comemorativa do centenário da inauguração do monumento.
“Uma justa homenagem ao padre Martins Capela”
O presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Joaquim Cracel Viana, sublinha o empenho e dedicação da comunidade no envolvimento das comemorações do 1.º Centenário da inauguração do monumento do Bom Jesus das Mós, em Carvalheira.
O edil destaca a exemplaridade desta freguesia de Carvalheira: possui uma banda filarmónica centenária, que atravessa um momento de grande vitalidade, composta por muitos jovens que garantem a sua continuidade no futuro; uma associação activa, com um grupo de teatro e um rancho folclórico, entre outras actividades musicais e culturais.
Para Joaquim Cracel Viana, este vasto programa comemorativo, vivido intensamente pelas gentes de Terras de Bouro, só foi “possível graças à determinação de povo orgulhoso do passado, na senda do ‘seu’ padre Martins Capela”, dignificando a memória do padre Martins Capela que edificou tão grandioso monumento.
“Esta comemoração do centenário constituiu uma excelente oportunidade para recordarmos e projectarmos a importância do monumento do Bom Jesus do Monte das Mós no contexto espiritual, religioso e cultural do concelho de Terras de Bouro e do norte do país” acrescentou o autarca terrabourense.
É ponto incontroverso que o monumento do Monte das Mós é obra destacada de Martins Capela.
No livro comemorativo do 1º Centenário - ‘Senhor Jesus do Monte das Mós - Cem anos de fé e devoção’ pode lêr-se “ Metódico, rigoroso, realista, perscrutando muito bem as pessoas e circunstâncias que o envolviam, Martins Capela entregou-se apaixonadamente à ‘obra das Mós’ e levou-a até ao fim. Muitos tentaram obras até mais pequenas, mas, porque não possuíam as mesmas características de personalidade e determinação espiritual, nada conseguiram. A acrescentar a isto há mencionar a credibilidade e confiança que inspirava o padre Martins Capela”.
Fonte: Correio do Minho, em 15-07-2013

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